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Fundação Municipal de Saúde realiza captação de órgãos

Foram captados, durante a madrugada desta quarta-feira (27), fígado, rins, coração e córneas de paciente de 56 anos que sofreu traumatismo craniano

A conscientização da família e o amor ao próximo da família de um paciente de 56 anos, vítima de traumatismo craniano, acaba de salvar vidas, a partir da captação de órgãos realizada na madrugada desta quarta-feira (27), no Hospital Municipal Padre Germano Lauck.

A perda do familiar, que teve a morte encefálica confirmada, se transformou em esperança para quem necessita de um transporte. Após a realização dos exames necessários, seguindo rigorosamente todos os protocolos, a equipe do hospital fez os procedimentos da captação, com o apoio de profissionais do Hospital do Câncer de Cascavel – Uopeccan.

Esta foi a quinta captação de 2022, onde foram obtidos fígado, rins, coração para válvulas e córneas. A secretária da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) da Fundação Municipal de Saúde de Foz do Iguaçu, a enfermeira Daiane Sosa, destacou que o processo para diagnóstico de morte encefálica para a captação de órgãos exige o cumprimento de uma série de protocolos bastante criteriosos, para os quais a equipe da fundação, está rigorosamente preparada e capacitada. “O esforço de toda equipe multidisciplinar, vale cada minuto de trabalho exaustivo dentro de uma Unidade de Terapia Intensiva”.

Segundo o diretor-presidente da Fundação Municipal de Saúde, o médico Amon Mendes Franco de Sousa, a informação é a principal ferramenta para salvar vidas. “Todas as questões a respeito da doação de órgãos só se tornam possíveis por meio da informação, do diálogo entre familiares, a fim de que todos estejam verdadeiramente cientes sobre o benefício e a importância desse ato”, ressalta.

Ele lembra que a família também precisa saber o desejo de quem é doador, para que possa autorizar o transplante.

Captações 2021

Em 2021, o Hospital Municipal realizou 12 captações de múltiplos órgãos, que beneficiaram, e até mesmo garantiram, a vida de pessoas que estão na fila à espera de um transplante. Em 2020, foram realizadas 20 captações.

Segundo dados da ABTO – Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, em setembro de 2021, a fila de transplante no Brasil era de mais de 50 mil pessoas, em busca de um órgão ou tecido. O Ministério da Saúde aponta que as cirurgias de córnea e rins reúnem o maior número de pacientes na espera.

Ainda de acordo com ABTO, o número de doadores efetivos sofreu uma queda de 13% nos seis primeiros meses de 2021 em relação ao mesmo período de 2020, durante a pandemia da Covid-19.

A associação aponta como principal motivo do declínio o aumento de 44% na taxa de contraindicação, pelo risco de transmissão do coronavírus.

O Paraná, segundo dados do Sistema Estadual de Transplantes, possui, 1.933 pacientes cadastrados em lista de espera para transplante dos seguintes órgãos: rim, fígado, coração, pulmão, pâncreas, pâncreas/rim e córnea. A maioria aguarda pela doação de um rim: 1.230 paranaenses. A segunda maior demanda é a córnea, com 520 pacientes na lista de espera.

Para ser um doador

No Brasil, para ser doador, não é preciso deixar nada por escrito, e sim comunicar à família, pois somente os parentes podem autorizar a doação.

Há dois tipos de doador – o primeiro é o doador vivo. Pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não parentes, só com autorização judicial. Pessoas menores de 21 anos precisam de autorização dos responsáveis.

O segundo tipo é o doador falecido. São pacientes com morte encefálica, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais, como traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral).

AMN

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