Casos de esporotricose tem crescimento em Foz do Iguaçu
Doença comum em gatos causada por fungo, a esporotricose aumentou vertiginosamente em Foz do Iguaçu. Este ano deve chegar a 300 casos nos felinos, número bem superior aos 225 registros do ano passado.
A médica veterinária Luciana Chiyo, do Centro de Controle de Zoonoses, falou da doença ao Marco Zero, programa produzido pelo H2FOZ e Rádio Clube FM 100.9.
Segundo ela, a esporotricose é uma infecção causada por fungos do gênero Sporothrix. A espécie mais comum de Sporothrix é o Sporothrix schenckii, que está presente em todo o mundo e é o principal causador da esporotricose. Entretanto, em determinadas regiões, outras espécies de Sporothrix podem ser encontradas, como no caso do Brasil, onde a espécie Sporothrix brasiliensis é a causa mais comum de esporotricose e costuma estar relacionada à infecção de gatos.
Os sintomas da esporotricose incluem nódulos subcutâneos que se disseminam por via linfática e evoluem para abscessos e úlceras. Feridas que não cicatrizam também podem ser um sintoma da doença.
O diagnóstico da esporotricose pode ser realizado por um infectologista ou um dermatologista. O tratamento consiste no uso de antifúngicos.
A médica alerta para os tutores manterem seus gatos em áreas dométicas e que os animais não fiquem soltos nas ruas, onde o felino pode contactar com um animal doente.
Para prevenir a esporotricose, profissionais que lidam com materiais de risco devem trabalhar usando calças e mangas compridas, além de luvas sempre que forem manusear o solo, madeira ou plantas, principalmente aquelas que possuam espinhos.
A doença, diz Luciana também é transmissível para humanos. Os principais sintomas de esporotricose em humanos são: pequeno caroço avermelhado na pele, semelhante a uma picada de mosquito; lesões ulceradas com pus; ferida ou caroço que cresce ao longo de algumas semanas; feridas que não cicatrizam. Em casos mais graves, a esporotricose pode afetar os pulmões, causando o aparecimento de febre, tosse, falta de ar e dor ao respirar.
O diagnóstico da esporotricose pode ser realizado por um infectologista ou um dermatologista. O tratamento consiste no uso de antifúngicos. A duração do tratamento pode variar de três a seis meses ou até um ano até a cura do indivíduo. É importante lembrar que o tratamento deve ser feito sob orientação médica e que os medicamentos devem ser tomados conforme as recomendações do profissional.
O Centro de Controle de Zoonoses em Foz do Iguaçu está localizado está localizado na Rua Maceió, s/n, no bairro Jardim São Paulo. O telefone para contato é (45) 3524-8848.
Assista a entrevista:
